quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Na perspectiva de Maria

Enfim, é Natal. De que importa?

Que nesse natal, possamos fazer de uma maneira diferente. Possamos nos colocar como Maria. Ela que foi escolhida para ser a Mãe do Senhor. Estar a espera de Jesus a cada instante, na ânsia de ter no colo seu Filho, de estar com Ele e ser para Ele.

Nos coloquemos diante desta celebração de Natal, com o coração voltado para o que de fato importa. O coração voltado para Deus, na espera constante do Nascimento do Senhor, do Cristo que vem!

Que sejamos sim: fraternos, solidários, reflexivos, renovados, que tenhamos o coração cheio de compaixão, de um olhar atento para com o outro. Sim, sejamos esses. Mas não por um motivo qualquer, ou motivo nenhum. Se nos tornaremos 'pessoas melhores' no Natal, sejamos com verdade. Sejamos pela Verdade, que é o próprio Jesus, que ao estar em nós, faz-nos assim.

Nos coloquemos, todos nós, grávidos de Cristo. Ansiosos para dar a Luz. Darmos um pouco da Luz de Cristo para o mundo; "Como se dará isso?" Assim como Maria, confiemos no Senhor. Olhemos, em atitude orante, para o nosso interior e estará lá a resposta. Se o Cristo vem, e virá de mim, algo precisa mudar. Muito precisa mudar.

Sejamos repletos desta graça: sentir o anúncio de Jesus chegando, ao chutar em nosso ventre; sentir os enjoos de uma gravidez, ao perceber tudo que há de errado em nós, e em nosso meio social; preparar o enxoval, com o olhar fixo no Senhor.

Que neste Natal, seja Cristo o centro. Porque por mais óbvio que seja a expressão, estamos longe disso.

Deus nos abençoe.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Catolicismo e o "problema" da homossexualidade

Nos encontramos hoje numa sociedade caracterizada pelo medo. As fobias se tornam cada vez mais constantes, a insegurança, desde o contexto comunitário de violência até o perigo de descobrir-se na intimidade pessoal, regem o caminhar da humanidade. Neste meio onde também tem sido encoberto o direito de falar por si. No embalo das mídias sociais, nunca se falou tanto pelos outros. Nunca a expressão 'colocar palavras em minha boca', foi tão justificada.

O ano de 2011, foi o ano marcado pela absurda decisão do Poder Judiciário brasileiro em legalizar o 'casamento' homossexual. Tornar, goela a baixo, a união homossexual num conceito de família.
Junto a esse fato, nunca se falou tanto em HOMOFOBIA. A sociedade marcada por tantos medos, tornou, num estalar de dedos, a aversão aos homossexuais, o medo da moda. Nesse contexto, a Igreja Católica, com sua posição clara diante da doutrina humana é dita como a Instituição precursora deste fato no país. A Igreja é, novamente, taxada pelo disse me disse dá boca dos outros.
Engraçado é o fato de estar sendo debatido um projeto de lei, onde os padres serão obrigados a defender o homossexual em suas homilias. Onde a posição da Igreja será quase que moldada pelo poder legislativo e judiciário.

Pobre engano. Engana-se aquele que acha que a Igreja é homofóbica. Engana-se quem acha que precisa de leis para ver a Igreja defendendo pessoas. Voltemos a primeira frase do segundo parágrafo: "a absurda decisão do judiciário em legalizar o casamento homossexual". Sim, absurdo o fato de uma união homossexual ser tida como família, mas não é absurdo o fato de um ser humano fazer escolhas. Nisso consiste o amor de Deus, que é livre. Logo ser homossexual não é absurdo. Ainda que o ato homossexual seja em plenitude condenado. Não é coerente com a Criação, mas toda criatura é filho de Deus. Atire você a primeira pedra..

A razão do post, está em afirmar aqui que o homossexual é bem vindo dentro da Igreja Católica. Sem hipocrisia, o preconceito deverá existir. Mas o preconceito que vem de fora pra dentro. Partido do povo de Deus, mas nunca do próprio Deus. É também o homossexual convidado à santidade. Foge ao meu conhecimento as razões orgânicas, psicológicas ou pessoais que levam uma pessoa a escolha da homossexualidade, mas independente da sua escolha, na Igreja, você é gente. Tão mais gente quanto eu que aqui escrevo. Tão mais santo, talvez.

Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica: "Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida, e se forem cristãs, unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. PELAS VIRTUDES DE AUTODOMÍNIO, EDUCADORAS DA LIBERDADE INTERIOR, PELA ORAÇÃO E PELA GRAÇA SACRAMENTAL, PODEM E DEVEM SE APROXIMAR, GRADUAL E RESOLUTAMENTE, DA PERFEIÇÃO CRISTÃ".

Estamos todos, homens e mulheres sob o mesmo céu. Sobre nós brilha o mesmo sol, e molha-nos a mesma chuva. Filhos do mesmo Deus. Origem da mesma Criação. Nossas escolhas nos diferem, e nos fazem em especial amados por isso. Que a graça seja maior que a opção. A castidade é possível para heteros e homossexuais. A caridade é para homos e heterossexuais.

Que pelo magistério da Igreja sejamos abençoados e impulsionados a uma vida regrada pelos valores do céu.

Rogue por nós Tu, ó Virgem Imaculada, desde sua Conceição, e ensine-nos a sermos vigilantes e fieis ao Teu Filho Jesus!