quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tudo para a maior glória de Deus.

Na constante busca humana pela realização de sonhos, os pré requisitos utilizados como meios formais para a conquista dos ideias, tornam-se métodos eficientes de permissividade as possibilidades que inovam valores e constituem a sociedade uma realidade de acasos, onde o ser humano torna-se uma espécie de material, ao esquecer suas capacidades e o seu principal valor, ao submeter-se as imposições que o meio propõe.
Mas do quê o ser humano é tão capaz assim? Será que há de fato uma condição humana capaz de condizer as realidades divinas?
Na omissão humana as condições sociais apresentadas, o egoísmo toma posse dos sentimentos, ao tornar-se o foco indiscutível da sociedade, que alienada as contribuições ao próprio ser, unificam os projetos a um processo de auto prestígio, além do triunfo sobre a realidade financeira e exibicionista, que insistem em cultivar na probreza humana um desengano de uma "certeza" eventual, que se dissipa junto aos valores ignorantes e impuros que confudem o divino em nós.
O Deus da vida, reflete em nós a parcialidade de seu amor ao propor-nos a ressurreição do Cristo, sacramentada e espiritualmente, e explora em cada um, a humildade que amplia os horizontes humanos e define a constância de uma experiência única de amor. São fatores únicos da simplicidade, que refletem e encarnam, de fato, o Cristo.
Sucumbir ao antigo projeto humano, desintegra de nossas mãos a propriedade humana de poder renascer. O fazer-se novo em espírito, subestima qualquer experiência terrena ao desmascarar as ilusões da carne, que por mais que insistam, não preenchem ou completam a necessidade humana.
Nisso consiste o glorificar a Deus. No permitir ser usado e contemplar a graça do alto agir em nós, por meio dos mais simples gestos, pela propriedade que se confere a Deus em perceber em nós a possibilidade de amar, e de ser servo em todos os aspectos cotidianos, estejam esses ligados direta ou indiretamente a um contexto religioso ou não.
"A glória de Deus é o homem vivo", assim como dizia Santo Irineu, o processo de humanização em Cristo, se dá pela oportunidade que o próprio homem entrega a Deus de ser concebido divino. O viver, passa pela referência cristã, que nos impulsiona a progredir e conquistar aquilo que realmente reaviva em nós a alegria e satisfação pela vida.
Que o carisma de Santo Inácio de Loyola nos instigue a admirar mais a Deus, fazendo d'Ele, nossa fonte, inesgotável, de felicidade.
"Ad Majorie Dei Gloriam" - Santo Inácio de Loyola

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Juventude: um passo para a santidade.

"Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade. Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, á exortação, ao ensino. Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos. Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento. Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isso fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem." I Tm 4, 12-16

A juventude está imersa nos sonhos de Deus. O chamado do alto, capacita-nos a uma realidade distorcida ao que se conhece no aspecto juvenil. Sua conhecida aptidão a renovação, sua inegável capacidade de superação e a ímpar determinação e fervor em busca de seus ideias, tornam-se um fator submetido as escolhas tomadas por uma parcela juvenil. O mundo contemporâneo, oferece-nos uma série de ideologias que, uma vez tomada como certa, disvincula a realidade a ser buscada por desejos precários em função de um futuro.
Acima de tudo isso, há um chamado maior. A espera de toda essa juventude há um Deus, que a favor da sede que impulsiona os jovens, convida cada um a viver uma experiência definitiva, que se faz eterna e maior que qualquer escolha ou ideologia proposta pelo mundo.
Sinônimo de disposição, a juventude revela, de fato, a capacidade humana de descoberta do novo. E é disso que o Reino dos céus precisa. Deus, na profundeza de seu mistério, se revela de uma forma nova diariamente, e a coragem juvenil é essencial diante de um processo paciente diante de um tempo que já não nos cabe.
A proposta não é fácil. Os prazeres do mundo, mesmo que por instantes, são atraentes. Os vícios se tornam eventualmente mais presente e impregnados no cotidiano quando se permite vivê-los. É o convite do alto. Somos convidados a viciar-nos em Cristo. Um vício nem sempre tão fácil, palpável em sua realidade e pouco material, de fato, diferente. Porém, concreto. Um vício constante, de mudança pessoal, um processo digno de uma juventude que se dispõe a descobrir um pouco de tudo, e tem a posbilidade de descobrir O Tudo.
Santos? E se for? A proposta a santidade é diária. Diante das dificuldades de julgamento, da imparcialidade e de tantas incertezas, que preenchem a vida juvenil desde a própria casa ao primeiro emprego, somos escolhidos a viver de uma forma diferente, de mostrar ao mundo a dócilidade do jovem as coisas do alto, que propõe-nos, um pedaço do céu, ainda que no mundo estejamos.
Indiferentes a qualquer julgamento, a ciosidade da juventude é a diferença para revelar de uma forma mais digna o amor de cruz. Estimulados por um "vício" distinto, sejamos um pouco mais divino. Permeados pela vivência de Jesus Cristo, que possamos assumir verdadeiramente uma realidade diferente. Passos contínuos, árduos, mas com a jovialidade do céu, leve-nos a incomodar e mostrar ao mundo o que de fato é o Amor.


sábado, 3 de outubro de 2009

Aceitar o eu, o seu e o Deus.

A realidade nunca esteve tão longe. Vivemos a sociedade virtual, manipulada pelas relações de compra e venda, e por seus projetos gananciosos que insistem em alienar a mentalidade de toda uma geração. Sim, esses somos nós. Privados de descobrir à fundo o mistério da vida humana, transferimos as nossas responsabilidades como "ser vivente", por oportunidades de nos sentir inclusos em meio ao sistema mundano. Preenchemos os nossos corações com a hipocrisia capaz de gerar lucros, popularidade, auto-estima etc, e esquecemos, do que de fato, é viver.
A verdade de Cristo, nos permite entender um processo tantas vezes esquecido. O de entender as próprias limitações, as do próximo, ao descobrir a essência do amor divino. Estamos entrelaçados no meio social, dependemos, por muitas vezes, das ações do outro, porém, fazemos da nossa realidade uma submissão aos acasos, e as oportunidades passageiras do nosso cotidiano.
Fomos chamados a vida, e somos ainda, convidados diariamente, a transformar em nós aquilo que nos impede de descobrir o novo. Na mesquinhez humana, desatamos laços com o outro, esses capazes de nos transformar e ensinar-nos o que é ser feliz. Movidos pela instantaneidade, atropelamos a nossa capacidade de sonhar, ao esconder de nós mesmos, a motivação e o princípio que nos revela a capacidade de ir além.
Na peculiaridade e de acordo com a permissão de cada um, Deus nos mostra, ao revelar seu Amor nas pequenas coisas, o quanto é sincero e valioso o seu seguimento. Expõe-nos uma relação salvífica, que se intensifica em cada gesto, nos mais singelos pensamentos. Não há como explicar. Haverão aqui mil palavras, haverão outras designações, mas não há como explicar nem entender um Amor assim. Muitas vezes usado como rota de fuga, como disfarçe ou apenas petição, Deus revela-se inteirmente, a medida da nossa compreensão, o que nos faz seguir em frente. A proximidade de Cristo, está na descoberta própria do que é ser humano, está na relação sincera com o próximo, com a identificação de uma permissão vivida com coerência, e não imposta por motivos banais ou psicológicos.
O princípio de tudo, volta-nos sempre a um mistério eterno, a Verdade maior, a presença real sacramentada. Ideologias e utopias, são sempre finitas. Os ideais se vão junto a coragem juvenil, as influências se perdem ao longo do tempo, mas a revelação cristã, se faz eterna onde quer que esteja, sem distinção. Somos convidados a eternizar em nosso tempo, a nossa humanidade, as nossas relações e nossa coerência na fé. Um Amor que não coube no tempo, o tempo que se fez pouco. eu, tu, eles, nós, vós, Ele.
"E muito pra mim é tão pouco, e pouco é um pouco demais"