quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano novo, o Cristo de sempre.

O tempo do cronos enfim marca mais um final de ano. Desde a história de Jesus Cristo, 2009 anos se passaram, e seu amor continua real, insisitente, que atrai-nos a uma vivência especial de profundidade. Após mais um ano, repleto de valores 'mundanos', Deus nos traz a proposta de conhecê-Lo mais a fundo, vem e nos chama, como outrora ... "Vinde e vede."

Ansioso pelo encontro conosco, Deus anseia-nos como os segundos finais de um ano, como a contagem regressiva exultante de esperança por algo diferente, por dias melhores. Nossa lembrança se remete a particularidade recorrente de nossas vidas que durante um ano, foi permissiva ou não ao Reino dos céus, a Cristo.

A tradição é renovada quando na noite de reveillon, todos se vestem de branco, promove-se o famoso brinde, é a esperança de uma humanidade que aprende a dividir as alegrias em tempo de graça, do Natal ao famoso 'Ano novo'. Porém, muito além de vestir-se de branco e brindar as taças de champagne, é preciso revestir-se de Cristo e viver a alegria do tempo que é eterno, o tempo do céu. Eis o chamado, a grande vocação: Viver, em busca da plenitude com o Redentor, buscar o amor, o vinculo com a perfeição.

É preciso apaixonar-se denovo. Renovar os votos tão comuns de paz, felicidade, realizações etc, com o foco no Tudo. Mergulhar na grandeza de Cristo e sentir o sabor do céu. Um brinde humano, regado de divindade, que aguça a esperança para um futuro, onde a única certeza está no alto, Naquele que tudo pode, Naquele que é.

Finalmente, que aprendamos a ser santos. Que 2010 seja santo. Que inspirados pela grandeza do Altíssimo, estejamos sempre em unidade com Jesus Cristo. O ano novo que se aproxima, nos distancia da história da salvação, mas que ungido pelo Espírito Santo, confirme em nós a certeza do Alto. Que sejam santas às missões, as vocações. Que os leigos fiéis aprendam a amar e servir, compreendam o sentido de ser cristão, e que a Igreja seja plenificada e santificada, e continue a nos formar e ser o canal da graça para a humanidade.

FELIZ ANO NOVO!

Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et saecula saeculorum.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E então é Natal, e o que você fez?

Aproxima-se o dia 25 de dezembro, os shoppings centers, salões de beleza, o comércio em geral está a mil por hora. As casas se enfeitam, o 'papai noel' já se estampa nas entradas principais das casas, e não se fala em outra coisa se não os presentes, o tradicional amigo secreto e a exagerada ceia de Natal. O mundo está pronto. A data do Natal, o feriado mundial, está preparado, como sempre, onde a virada da noite de 24 pra 25 de dezembro tornar-se-á mais uma reunião familiar regada por bebidas e comida em excesso. Eis o natal. Até quando?

O sentido natalino está totalmente distorcido. O tempo pré-natal, o advento, vem nos intimar a manter-nos 'vigilantes e orantes', a nos preparar para a vinda de Cristo. Muito além do sentido comercial, o Natal, comemora o nascimento do menino Jesus, remete-nos a celebrar o início da vida do Redentor, e nos prepara para toda uma caminhada com O mesmo. O tempo de advento que se encerra, nos faz 'grávidos' do próprio Jesus, e Maria nos ensina a ser dispostos e confiantes no Deus Pai.

Eis o Natal, a vinda do Salvador, que deseja
nascer do ventre de nossos corações. Qual o ambiente que nossas vidas proporcionam o nascimento de Cristo? Será que uma manjedoura abandonada? Terá Jesus um local digno de um rei?

Como cristãos, somos responsáveis por mantêr Jesus, o amor, vivo. Assim como Maria, temos de assumir a responsabilidade de fazer 'crescer' o menino Jesus, somos responsáveis por fazer crescer seu Reino em meio ao mundo. O Natal de Cristo não se resume as reflexões do ano que se passa, nem o motivo para renovar o estoque de roupas ou a cor do muro de casa. É sim hora de lançar-se ao mundo, de 'desçer do monte' e ir pregar a única lei, o amor. É chegada a hora de planejar o futuro de Cristo e colocar-nos a disposição do Seu crescimento. Que pela intersseção de Maria Imaculada, sejamos dóceis ao Espírito Santo, para fazer-nos disponíveis e coerentes ao Reino dos céus, ao Cristo que nasce, ao Amor, que insistentemente, bate a porta e pede entrada em nossos corações.

'Adveniat regnum tuum, Fiat voluntas Tua'.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Vaticano II - A pastoralidade que incomoda.

Diante de alguns estudos sobre a doutrina da Igreja, não há outro tema tão polêmico e citado quanto a suposta falibilidade do concílio Vaticano II, de sua suposta permeabilidade ao protestantismo e todas as tendências negativas que se julgam ser encontrados hoje em certos pontos da Igreja.
O concílio pastoral, é discutido e rejeitado por alguns estudiosos - ortodoxos, tradicionalistas - pelo fato de não recorrer aos dogmas da Igreja, e de fato ter sido associado a continuidade pastoral da mesma.
O discurso de abertura do Santo Padre - João Paulo XXIII - indica a prioridade do concílio, que uma vez inspirado por Deus, insistiu a necessidade de alcançar a realidade pastoral da época, e indiferente a qualquer problema, manter imutáveis a Igreja e sua doutrina, revelada por Jesus Cristo.

“é necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo. Uma coisa é a substância do « depositum fidei », isto é, as verdades contidas na nossa doutrina, e outra é a formulação com que são enunciadas, conservando-lhes, contudo, o mesmo sentido e o mesmo alcance. Será preciso atribuir muita importância a esta forma e, se necessário, insistir com paciência, na sua elaboração; e dever-se-á usar a maneira de apresentar as coisas que mais corresponda ao magistério, cujo caráter é prevalentemente pastoral.” (1)

Inflamado pelo espírito de missão, a finalidade do concílio é que o
"depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz." A proposta, clara e simples, distoa-se do concílio convocado para decisões dogmáticas e/ou doutrinárias, mas faz-se tão qual importante: inclui na realidade de toda a Igreja - Bispos, Presbíteros e leigos fiéis - a potencialidade imútavel dos dogmas católicos junto à necessidade de expansão do amor de Cristo, através da pregração e expressão da Palavra de Deus.
O princípio da difusão do cristianismo exigiu dos cristãos em geral, a necessidade de manter a doutrina intacta, e lançar-se ao mundo para a sua evangelização que distoa-se eventualmente do Reino de Deus.
Torna-se assim, responsabilidade também dos leigos fiéis, prezar pela fidelidade das tradições e ensinamentos da Igreja, sendo os mesmos, responsáveis pela unidade entre céu e terra, principalmente ao ser lançado o convite ao ecumenismo, onde deve-se olhar para o outro já não com severidade mas com misericórdia e de uma maneira justa a tradição fiel da Igreja, expondo àquela cuja a qual é a única Verdade.

Num discurso sobre os 40 anos de concílio Vaticano II, o Santo Papa Bento XVI, salientou essa realidade de interpretações do concílio, as quais diferem entre si, e apresentam 'hermenêutica" distintas, sendo uma de ruptura com os ensinamentos da Igreja, e a outra "silenciosa e frutuosa" dispõe-se do caminho único da Igreja. A dificuldade do concílio se baseia na relação entre fidelidade e dinâmica, onde aos olhos dos tradicionalistas é um golpe certeiro na imutabilidade da doutrina católica, o que é um julgamento errôneo visto que o mundo, ainda que pós-concílio, afasta-se do alto, onde a juventude torna-se um desafio de evangelização e o número de católicos fiéis não seja nada regular, e é a proposta do concílio um fator determinante para que isso não se torne uma realidade universal na Igreja.

É fato que a modernidade atingiu a Igreja. As interpretações erradas em nome do concílio, tem acarretado uma série de dificuldades a conteporaneidade, e para o Santo Padre, restaurar a mesma, em tempos de uma suposta crise é um fato concreto de sua caminhada como Vigário de Cristo. A imoralidade dos fiéis, os desvios litúrgicos, a busca por uma espiritualidade eventualmente mais subjetiva a teologia da libertação, enfim, todos as influências negativas, as interpretações falsas sobre o concílio e a ausência de conduta moral por conta do mundo contemporâneo acarretam, de fato, uma realidade incoveniente, o que é causada por seus membros e não por um concílio inspirado e realizada na santidade de Deus.

Como leigos fiéis, somos convidados e temos a obrigação de lutar pela fé e pela Igreja, conservando sua doutrina e difundindo-a por todo o mundo. A cautela se faz necessária em meio as atribuições negativas que se fazem nos tempo atuais, onde são impróprias da Igreja e de sua tradição algumas atitudes pessoais e isoladas que tentam manchar a história da Igreja Una e Santa, deixada por Cristo e propagada por seus apóstolos e mártires.

Qualquer tipo de acusação ao Vaticano II, é estar em combate com a comunhao da Igreja, é distoar da comunhão com a Herança de Cristo. A 'crise' a qual enfrentamos, se dá pelo fato de interpretações e julgamentos pessoais, cujo diferem da realidade do concílio e seus documentos, além do seu verdadeiro espírito conciliar. Recorrer ao próprio julgamento é distanciar-se da Verdade pregada pela Igreja e por seu Pastor Bento, que relata o concílio de tal maneira: "
Hoje vemos que a semente boa, apesar de que se desenvolva lentamente, no entanto cresce, e cresce assim também nossa profunda gratidão pela obra desenvolvida pelo Concílio. Paulo VI, no discurso de encerramento do Concílio, indicou depois uma motivação específica pela qual uma hermenêutica da descontinuidade poderia parecer convincente. Na grande discussão sobre o ser humano que caracteriza o tempo moderno, o Concílio devia dedicar-se de forma particular ao tema da antropologia. Tinha que se interrogar sobre a relação entre a Igreja e a fé por um lado, e o ser humano e o mundo de hoje por outro (ibid., p 1066 s.). A questão fica mais clara todavia se, em lugar do termo genérico «mundo de hoje» escolhemos outro ainda mais preciso: o Concílio devia determinar de forma nova a relação entre a Igreja e a idade moderna." (2)

Ad Majorem Dei Gloriam.
Dei, solum.


(1)
John XXIII, 11 October 1962, traduzido por Pete Vere.

http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council_po.html

(2) http://www.padrehenrique.com/index.php/bento-xvi/569-discurso-do-santo-padre-a-curia-romana

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Advento: é tempo de voltar.

Marana Tha! Eis o que os cristãos primitivos suspiravam e agonizavam em sua espera crucificante pelo Messias. "Vinde, Senhor Jesus". E a história se repete. Em meio a tanta discórdia, em meio a tantos outros desejos comerciais e a ausência significativa da religião, eis que o natal se aproxima, o parto será em breve, e como andam as manjedouras? Os reis magos já estão à postos?
Hoje as mulheres grávidas, por menor que seja a condição financeira, em condição humana, devem realizar o pré-natal. O tempo de espera e de cuidado em relação a criança que nascerá, a ânsia em tê-lo em mãos, em acalentar e nortear a inofensiva criança. Eis assim à espera pelo Salvador. Aquele que voltará, para plenificar a Sua obra, exige de nós um cuidado especial, que já não se passa pela prioridade em dispensar as festas, o cigarro ou bebida, tudo aquilo que uma futura mãe realiza, mas se resume em despojar-se do mundo. Advento, a espera pelo Cristo que vem, implica na responsabilidade pessoal de manter-se em unidade com o Senhor. Vigiar e orai.
Indiferente aos anseios do mundo, na roupa nova, na reforma da casa ou na ceia do jantar, estejamos despertos para revestir-nos de Cristo, endireitar as veredas de nossos corações e alimentar-nos do sabor do céu, da Eucaristia que nos sustenta.
É tempo de voltar para casa, de olhar para si mesmo, e como num clichê, remodelar-se e deixar-se ser remodelado pela esperança do Cristo que vem. É tempo de planejar, de prontificar-se a servir o filho que está para nascer.
Que Maria nos ensine a ser disponível e santos!


Consolamini, consolamini, popule meus: cito veniet salus tua

quare maerore consumeris, quia innovavit te dolor?

Salvabo te, noli timere

ego enim sum Dominus Deus tuus,

Sanctus Israel, Redemptor tuus.



Consola-te, consola-te, ó meu povo:

depressa virá a tua salvação.

Por que te deixas consumir pela amargura,

por que persistes na tua dor?

Salvar-te-ei, não tenhas medo,

porque eu sou o Senhor teu Deus,

o Santo de Israel, o teu Redentor.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tudo para a maior glória de Deus.

Na constante busca humana pela realização de sonhos, os pré requisitos utilizados como meios formais para a conquista dos ideias, tornam-se métodos eficientes de permissividade as possibilidades que inovam valores e constituem a sociedade uma realidade de acasos, onde o ser humano torna-se uma espécie de material, ao esquecer suas capacidades e o seu principal valor, ao submeter-se as imposições que o meio propõe.
Mas do quê o ser humano é tão capaz assim? Será que há de fato uma condição humana capaz de condizer as realidades divinas?
Na omissão humana as condições sociais apresentadas, o egoísmo toma posse dos sentimentos, ao tornar-se o foco indiscutível da sociedade, que alienada as contribuições ao próprio ser, unificam os projetos a um processo de auto prestígio, além do triunfo sobre a realidade financeira e exibicionista, que insistem em cultivar na probreza humana um desengano de uma "certeza" eventual, que se dissipa junto aos valores ignorantes e impuros que confudem o divino em nós.
O Deus da vida, reflete em nós a parcialidade de seu amor ao propor-nos a ressurreição do Cristo, sacramentada e espiritualmente, e explora em cada um, a humildade que amplia os horizontes humanos e define a constância de uma experiência única de amor. São fatores únicos da simplicidade, que refletem e encarnam, de fato, o Cristo.
Sucumbir ao antigo projeto humano, desintegra de nossas mãos a propriedade humana de poder renascer. O fazer-se novo em espírito, subestima qualquer experiência terrena ao desmascarar as ilusões da carne, que por mais que insistam, não preenchem ou completam a necessidade humana.
Nisso consiste o glorificar a Deus. No permitir ser usado e contemplar a graça do alto agir em nós, por meio dos mais simples gestos, pela propriedade que se confere a Deus em perceber em nós a possibilidade de amar, e de ser servo em todos os aspectos cotidianos, estejam esses ligados direta ou indiretamente a um contexto religioso ou não.
"A glória de Deus é o homem vivo", assim como dizia Santo Irineu, o processo de humanização em Cristo, se dá pela oportunidade que o próprio homem entrega a Deus de ser concebido divino. O viver, passa pela referência cristã, que nos impulsiona a progredir e conquistar aquilo que realmente reaviva em nós a alegria e satisfação pela vida.
Que o carisma de Santo Inácio de Loyola nos instigue a admirar mais a Deus, fazendo d'Ele, nossa fonte, inesgotável, de felicidade.
"Ad Majorie Dei Gloriam" - Santo Inácio de Loyola

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Juventude: um passo para a santidade.

"Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade. Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, á exortação, ao ensino. Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos. Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento. Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isso fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem." I Tm 4, 12-16

A juventude está imersa nos sonhos de Deus. O chamado do alto, capacita-nos a uma realidade distorcida ao que se conhece no aspecto juvenil. Sua conhecida aptidão a renovação, sua inegável capacidade de superação e a ímpar determinação e fervor em busca de seus ideias, tornam-se um fator submetido as escolhas tomadas por uma parcela juvenil. O mundo contemporâneo, oferece-nos uma série de ideologias que, uma vez tomada como certa, disvincula a realidade a ser buscada por desejos precários em função de um futuro.
Acima de tudo isso, há um chamado maior. A espera de toda essa juventude há um Deus, que a favor da sede que impulsiona os jovens, convida cada um a viver uma experiência definitiva, que se faz eterna e maior que qualquer escolha ou ideologia proposta pelo mundo.
Sinônimo de disposição, a juventude revela, de fato, a capacidade humana de descoberta do novo. E é disso que o Reino dos céus precisa. Deus, na profundeza de seu mistério, se revela de uma forma nova diariamente, e a coragem juvenil é essencial diante de um processo paciente diante de um tempo que já não nos cabe.
A proposta não é fácil. Os prazeres do mundo, mesmo que por instantes, são atraentes. Os vícios se tornam eventualmente mais presente e impregnados no cotidiano quando se permite vivê-los. É o convite do alto. Somos convidados a viciar-nos em Cristo. Um vício nem sempre tão fácil, palpável em sua realidade e pouco material, de fato, diferente. Porém, concreto. Um vício constante, de mudança pessoal, um processo digno de uma juventude que se dispõe a descobrir um pouco de tudo, e tem a posbilidade de descobrir O Tudo.
Santos? E se for? A proposta a santidade é diária. Diante das dificuldades de julgamento, da imparcialidade e de tantas incertezas, que preenchem a vida juvenil desde a própria casa ao primeiro emprego, somos escolhidos a viver de uma forma diferente, de mostrar ao mundo a dócilidade do jovem as coisas do alto, que propõe-nos, um pedaço do céu, ainda que no mundo estejamos.
Indiferentes a qualquer julgamento, a ciosidade da juventude é a diferença para revelar de uma forma mais digna o amor de cruz. Estimulados por um "vício" distinto, sejamos um pouco mais divino. Permeados pela vivência de Jesus Cristo, que possamos assumir verdadeiramente uma realidade diferente. Passos contínuos, árduos, mas com a jovialidade do céu, leve-nos a incomodar e mostrar ao mundo o que de fato é o Amor.


sábado, 3 de outubro de 2009

Aceitar o eu, o seu e o Deus.

A realidade nunca esteve tão longe. Vivemos a sociedade virtual, manipulada pelas relações de compra e venda, e por seus projetos gananciosos que insistem em alienar a mentalidade de toda uma geração. Sim, esses somos nós. Privados de descobrir à fundo o mistério da vida humana, transferimos as nossas responsabilidades como "ser vivente", por oportunidades de nos sentir inclusos em meio ao sistema mundano. Preenchemos os nossos corações com a hipocrisia capaz de gerar lucros, popularidade, auto-estima etc, e esquecemos, do que de fato, é viver.
A verdade de Cristo, nos permite entender um processo tantas vezes esquecido. O de entender as próprias limitações, as do próximo, ao descobrir a essência do amor divino. Estamos entrelaçados no meio social, dependemos, por muitas vezes, das ações do outro, porém, fazemos da nossa realidade uma submissão aos acasos, e as oportunidades passageiras do nosso cotidiano.
Fomos chamados a vida, e somos ainda, convidados diariamente, a transformar em nós aquilo que nos impede de descobrir o novo. Na mesquinhez humana, desatamos laços com o outro, esses capazes de nos transformar e ensinar-nos o que é ser feliz. Movidos pela instantaneidade, atropelamos a nossa capacidade de sonhar, ao esconder de nós mesmos, a motivação e o princípio que nos revela a capacidade de ir além.
Na peculiaridade e de acordo com a permissão de cada um, Deus nos mostra, ao revelar seu Amor nas pequenas coisas, o quanto é sincero e valioso o seu seguimento. Expõe-nos uma relação salvífica, que se intensifica em cada gesto, nos mais singelos pensamentos. Não há como explicar. Haverão aqui mil palavras, haverão outras designações, mas não há como explicar nem entender um Amor assim. Muitas vezes usado como rota de fuga, como disfarçe ou apenas petição, Deus revela-se inteirmente, a medida da nossa compreensão, o que nos faz seguir em frente. A proximidade de Cristo, está na descoberta própria do que é ser humano, está na relação sincera com o próximo, com a identificação de uma permissão vivida com coerência, e não imposta por motivos banais ou psicológicos.
O princípio de tudo, volta-nos sempre a um mistério eterno, a Verdade maior, a presença real sacramentada. Ideologias e utopias, são sempre finitas. Os ideais se vão junto a coragem juvenil, as influências se perdem ao longo do tempo, mas a revelação cristã, se faz eterna onde quer que esteja, sem distinção. Somos convidados a eternizar em nosso tempo, a nossa humanidade, as nossas relações e nossa coerência na fé. Um Amor que não coube no tempo, o tempo que se fez pouco. eu, tu, eles, nós, vós, Ele.
"E muito pra mim é tão pouco, e pouco é um pouco demais"

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Qual o seu dom?

Somos relembrados exaustivamente que não somos nada. Limitados e fracos, abrimos mão de esforços diante das incertezas do caminho e privamos a nossa liberdade de descobrir à fundo o que é ser feliz. Enviados como imagem e semelhança de Cristo, insistimos em não reconhecer nossos dons e virtudes ao esconder a essência do amor que há em nós. Insistentemente, Deus concede-nos a graça de podermos oferecer ao mundo algo diferente.
Na contemporaneidade, somos incitados a idealizar a perfeição. Elegemos herois, nos espelhamos em acasos e afunilamos o sentido capaz de revelar-nos como filhos do céu. Formados pela estrutura comercial e momentânea, preenchemos a nossa realidade com futilidades eventualmente mais comuns e perdemos o que de fato constrói o eterno em nós.
Em toda sua simplicidade, Jesus explorou seu interior e usou com sabedoria seus dons a favor da humanidade. Não economizou um sorriso sequer, um conselho ou um abraço amigo. Agiu de forma espontânea em prol da vida, amou a cada um sem dinstinção, oferencedo-lhes aquilo o que podia.
Em nossa realidade, acomodamos o nosso viver a maneira apropriada a um retorno de esforços, onde limitamos os nossos gestos à fim de receber um retorno viável aos nossos desejos humanos, fincando a nossa mesquinhez como fruto de nossas atitudes.
Humanos sim, porém não há como usar nossa condição como pretexto para abdicarmos de amar o próximo e a nós mesmos. Por mais frágeis e faltosos, temos a responsabilidade de fazer viva a memória do Cristo Jesus. É justo Tomar como ponto inicial de nossa caminhada terrestre, a possibilidade da ressurreição do Filho de Deus em nosso cotidiano, na nossa intimidade. É preciso oferecer ao próximo aquilo que temos de melhor e assim realizar o projeto salvífico do Homem Deus.
Não nos cabe desistir. É preciso descobrir a essência da juventude que há em nossos corações, e de fato, lançar-nos ao novo. Não esconda a luz que há em você! O mundo precisa de sorrisos, palavras, olhares, silêncios ... Ofereça o que tiver de oferecer, faça a diferença, seja a diferença.
"Meu sim eu quero te dizer, querer o teu querer, e assim viver."

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Servir: Compromisso de amor

Numa "rotina" marcada pelo serviço, Jesus amou a cada ser que participou de sua história, ao abrir mão de suas comodidades em busca de um retorno sincero de amizade e compromisso. Renovava suas forças em cada amanhecer, ao descobrir nos limitados, seus valores escondidos diante de uma sociedade marcada pela hipocrisia e hostilidade humana. O dinamismo da vida de Cristo é o combustível para o nosso cotidiano. Num processo repleto de desgaste, amou de forma infinda a vida, e proporcionou aos excluídos e aos aceitos a oportunidade de serem diferentes e amados, ao ser fielmente, seus servos.
Há um episódio bíblico onde os discípulos discutem entre si qual entre eles era o maior. E a resposta é rápida: "Se quiseres saber qual de vocês é o maior, seja o servo de todos, o último entre todos". O mistério do serviço se dá pela base fortificada no amor. Preenchidos do sentimento da caridade, somos impulsionados a olhar de uma forma diferente. A permissividade ao serviço, confere-nos a essência da maior necessidade humana: o completar-se. O dom de amar encontra-se interligado a capacidade de poder doar-se pelo outro. O amor fraternal se dá por meio da consciência de edificação do próximo por meio dos gestos e atitudes que vivificam e expressam a sinceridade na prática do serviço. O amor conjugal existe em virtude da doação de ambos, é o "morrer" para dar vida ao outro. Nisso consiste o servir, no assumir a realidade da caridade ao permitir-se viver em função de um todo.
"Em tudo amar e servir". Somos convidados a assumir esse papel cristão em nossas vidas. Não há gratificação maior, do que proporcionar ao outro a vida, assim como Cristo, que na sua realidade, direcionava a vida dos oprimidos com sua disponibilidade a amar. Isso é servir. É mergulhar num projeto comum aos ideais divinos, que transformam o egocêntrismo na oportunidade de sorrir e amar junto a um irmão.
Assim como Jesus, assumamos um cotidiano dinâmico, capaz de revelar a pureza de um amor verdadeiro. Acomodar-se diante das necessidades do outro é limitar o amor de Deus. Não há preço maior do que a descoberta de um sorriso encabulado, ou de um olhar agradecido. Enfim, humanizar o próximo, dar-lhe um sentido para viver é o grande estímulo capaz de lançar-nos a caridade. Na humildade e certeza da vitória divina, já não há nome, dor, suor. É amor, Deus, só.
"Nisso se consiste a minha alegria, que agora se completa, que Ele cresça e que eu diminua."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O poder da permissão.

Diante das eternas discussões entre religião x ciência, sobre a existência ou não de um Deus, as certezas são eternas para quem simplesmente se permite viver a proposta. As escolhas tomadas durante a vida, revelam o ser em seu íntimo, definem o caráter, personalidade e introduzem a realidade do mesmo no meio social. Se alguém me perguntar se sou capaz de definir a minha religião de expressar com palavras a minha fé, de fato, vou me entrelaçar em pensamentos e discussões e jamais serei capaz de demonstrar aquilo que realmente sinto. Mas há uma resposta simples e fácil para tudo isso. Posso não falar, escrever ou desenhar de uma forma concreta a minha realidade, mas sou capaz de vivê-la. Desde a minha entrega pessoal a um Deus vivo e presente, percebo que minhas atitudes, meus pensamentos e ações já não são os mesmos. No momento em que entreguei minha vida nas mãos do Pai, encontrei a capacidade de ser diferente. Enxerguei que os métodos de vida as quais eu carregava comigo, eram um fardo e não uma liberdade promissora. Fazia de minha vida, uma aventura sem fundamento, transformava as minhas certezas em simples possibilidades derradeiras, que me levavam sempre a um caminho injusto e sem sabor. Injusto perto da verdade a qual hoje vivo. Descobri no amor de Deus, um incentivo a descobrir-me e realizar em mim e por mim, as mudanças que seriam realmente capaz de preencher um coração jovem, que almejava o novo.
Hoje, certamente apaixonado por esse Deus, tenho a certeza de que tudo isso só aconteceu e acontece porque eu pude dizer sim. Eu já tive minhas dúvidas, meus receios, já errei e sou limitado como qualquer outro. Assim é a humanidade, cheia de faltas e falhas, e comigo não foi diferente. Mas na minha ousadia juvenil, decidi abrir mão do comum, e arrisquei conhecer uma realidade diferente. E só poderia vir a acontecer por mim. Foi a minha escolha, era a minha hora de decidir entre o querer e o não querer, entre vir a ser novo ou caminhar na mesmice incapaz de revelar uma felicidade permanente.
Deus é assim. Só sabe amar. Nunca é tarde para um recomeço, a realidade de Seu amor, é que explicita a capacidade de fazer-nos novos, de remodelar-nos e colocarmos numa nova direção. A certeza de um norte, transforma o sentimento de culpa num incentivo a seguir, num impulso pra não desistir.
É preciso viver intensamente. Não falo da intensidade de bebidas, drogas, transas, farras ... mas de uma intensidade que nos revela, que é capaz de autenticar-nos como homem ou mulher. Viver a vida, não é um propósito para estragá-la ou adiantar o seu fim. É preciso descobrir que além da morte, existe uma eternidade e que aquilo que se cultiva no hoje, é o que se mantem como propriedade no eterno. O prazer que disfarça a solidão, carrega junto a si, a dor do amanhã. Por mais inevitável que seja, a maturidade não só é adquirida na dor, mas na percepção humana de discernimento entre as escolhas do que de fato marca a nossa passagem como humano. A permissão ao amor de Deus, incere-nos num contexto assim. Uma felicidade segura, a dor que já não fere, o ódio que não atinge, a mesmisse que não nos rege.
E assim é a vida. Como num diário, somos convidados a escrever a nossa história todos os dias. Qual será a sua? Quais marcas desejas deixar? Nas contradições mundanas, a realidade é real, fantasiar um mundo é o primeiro passo para passar pela vida sem vivê-la. Só o amor de Deus é capaz de fazer com que nós nos descubramos. Permita-se, descubra-se, aceite-se e viva.
"Quando o amor de Deus, encontrar lugar, no teu coração cansado, por certo entenderás que tu és bem mais..."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

E não nos deixeis cair em tentação. Amém?

A nossa oração é clara. Ao elevarmos nossas preces aos céus, recorremos sempre por uma força para lutar contra e resistir as tentações propostas a nós pelo "mundo". Porém, palavras são só palavras. A psicologia nos ensina que as mesmas são a terceira instância em uma tentativa de expôr a realidade a qual vivemos, e que é essa uma forma distorcida de expressarmos aquilo que realmente sentimos. E por tantas vezes é realmente essa a nossa realidade. São constantes as nossas batalhas entre a possibilidade da oração e talvez uma boa noite de sono ou algo do tipo. E é ao proclamar de nossas bocas a oração que Cristo nos ensinou, que por obrigação assumimos o papel cristão de realizar aquilo que é vontade de Deus, ou não?
Interessante é a facilidade a qual se encontram decoradas em nosso cotidiano as palavras que retratam a oração cristã, mas é fato, que nossas atitudes por muitas vezes deixam a desejar essa função básica de vivermos nossa religião. Prático é encher-se de auto-estima ao recitar as palavras da oração do Pai nosso, mas realizar a proposta de viver intensamente aquilo que por nós é decorado, que se resume ao processo de conversão diária disponibilizado por Deus, é uma tarefa muito além do que podemos vêr.
As tentações são inúmeras e já disse o próprio Cristo: "O espírito está pronto, mas a carne é fraca". E são as necessidades carnais que nos impedem de viver de fato a última frase da oração do Pai nosso: "E livrai-nos de todo o mal". São as nossas fraquezas, diante das questões íntimas ou não, que nos afastam do céu, e assim tiram de nós a oportunidade de viver o tempo do mundo com o coração cheio de divindade, e consequentemente, imersos na paz do Senhor.
Hipocrisia é assumir como motivo de fraqueza a humanidade. Cristo se fez homem, e nem por isso abriu mão das necessidades do Pai e literalmente doou sua vida por isso. Muito maior que as nossas tentações foi a de Jesus. O próprio anjo mau colocou a teste a Sua firmeza, e Ele resistiu a tentações muito maiores do que nos são apresentadas hoje. As certezas de reinos, poder, mulheres, domínio ... não retiraram de Cristo a importância do amor de Deus. Percebeu que acima de qualquer forma de satisfação, nada era maior que a certeza do alto.
E quanto à nós? Somos tentados por absurdos mundanos que nos retiram a possbilidade de enxergar com a ótica divina. Enchemos à boca para pedir a Deus que nos livre das tentações, mas somos nós mesmos que buscamos nos afastar do Reino dos céus. Por tantos "nadas", abrimos mão de tantas certezas e nos deixamos levar por um caminho repleto de farsas e de instantaneidades, onde a alegria de hoje, se transforma na vergonha e na tristeza do amanhã.
Cair em tentações é humano sim, mas limitar-se a não resisti-las, é virar as costas ao amor de cruz. Quantos "Cristos" terão que morrer, para que nós entendamos que nossa vida é muito além do que possamos imaginar? Será que a certeza de Seu amor, é incapaz de fazer-nos rejeitar as propostas não construtivas? É preciso entender a liberdade das escolhas do alto. Resistir as tentações não nos retira a possibilidade de viver, mas é preciso muito além do que resisti-las, por aprisionamento a um contexto religioso, perceber que os passos traçados hoje, serão os frutos a ser colhidos por nós num futuro, próximo ou não. A rejeição ao pecado e as tentações, acima de qualquer espécie de limite, abre a nós uma oportunidade de podermos crescermos como pessoas, ao tornar nossa vivência pronta para cada desafio apresentado.
Que apenas palavras, mesmo que pequenas, reiterem em nós a forma de enxergar o nosso próprio viver. Que saibamos assumir um projeto digno de salvação. Que muito antes de presos, ou obrigados a viver a religião cristã, possamos entender o amor que Cristo nos revela pela vida direcionada em seus princípios, e assim percebamos a intensidade de viver indiferente ao pecado.
"E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal."

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A oração como encontro.

O mundo já não é mais o mesmo. Estamos na era do "fast food", "delivery" e de todas as expressões que insistem em apressar o nosso cotidiano, e tirar de nós a possibilidade de pararmos e revermos conceitos e valores próprios. Jesus, em momento algum, dedicou seu tempo apenas a auto-promoção. Empenhou-se inteiramente na realização do projeto divino, abriu mão de suas necessidades comuns e agiu integralmente em prol da salvação da humanidade. Uma vez realizado, instiu em manter-se presente e assim é até hoje, quando pela força de Seu Espírito, habita junto à nós em qualquer que seja a situação. Mas de que forma assumimos a força do Espírito Santo em nossas vidas? Até que ponto nos permitimos que os nossos corações sejam preenchidos pela força do Paráclito?
Ao deixar-nos como herança seu próprio Espírito, Jesus colocou-se à nossa inteira disposição e confirmou à nós, a sua vontade de estar em comunhão conosco, mesmo após seu sacrifício de cruz. Complicado é entender como na nossa humanidade, Deus se faz presente no nosso ato de oração. O que nos capacita a receber de uma forma tão íntima a presença espiritual de Cristo junto à nós?
Não há como encarar a oração como uma simples prece, como uma tentativa de se chegar ao céu, mas perceber no mais íntimo de nosso ser, a voz de Cristo à embalar-nos e guiar-nos pelos caminhos da vida. É preciso perceber na oração, um encontro verdadeiro com o Pai, que insiste em renovar-nos com suas doces palavras e sua forma peculiar de apaixonar-nos.
É preciso enxergar além do que a capacidade natural humana nos concede. Assim como na transubstanciação do pão e do vinho, em Corpo e Sangue de Cristo, a oração nos propõe a presença viva de Jesus em nossos corações. Na sua essência de existir, Deus não se faz omisso ao ponto de esperar-nos alcançar o céu, mas abre mão de sua divindade e se faz real na nossa existência ao se fazer presente na eucaristia e na oração.
Uma vez plantada a semente, é preciso deixar o terreno fértil para que brote a árvore com os mais belos frutos e é somente através da oração que conseguimos fazer com que isso aconteça.
É preciso embriagar-se de Deus. Orar, num sistema social sempre mais preso as tendências e o modismo, é mostrar-se capaz de perceber a santidade de Cristo, e aceitar em nosso viver a certeza de mudanças capazes de transformar-nos em pessoas indiferentes a mesmice enchendo-nos com o prazer do encontro com o Pai no mais ínitmo de nosso ser, embalados pela vontade de ser sempre mais.
"Eu não quero só dizer amém, quero mostrar com a vida que eu creio."

terça-feira, 28 de julho de 2009

O sim de Deus, e o não do "mundo"

"É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã". É assim que Ele nos ama. Em cada amanhecer a oportunidade de sentir-se amado, e renovar a relação com o Pai, nos é entregue de uma forma espontânea e real independente dos erros outrora cometidos. Ao aceitar esse amor, ao assumir a reconciliação com Deus, automaticamente , programamos a nossa vida em um cronograma repleto de serviço, de amizade com Ele.
Imaginemos agora Maria. Uma vivência coerente, buscando seguir os mandamentos, enfim, era uma religiosa. Se por acomodação, ela já achasse que sua caminhada já era suficiente, e ela dissesse NÃO ao convite do Anjo Gabriel, evitaria situações, que aos olhos do "mundo" (e da época), já eram mais que suficientes para isso. Mas Maria aceitou. Entregou-se ao serviço, e deixou o maior exemplo de disponibilidade com o SIM mais bonito da história.
Maria deve ser tomada como o protótipo da Igreja. Nós que fazemos parte da mesma, precisamos agir assim como ela, que abriu mão de todo conforto e foi em busca de realizar a vontade de Deus. Quantas vezes em nossas vidas, deixamos o projeto d'Ele em segundo plano, e buscamos a comodidade egoísta e indiferente capaz de satisfazer os sonhos humanos e nos distanciamos do alto?
É justo um SIM. É justo diante de todo esforço e dor de cruz, é justo quanto a um sonho que é sonhado de forma conjunta, na peculiaridade de Deus, mas na sua forma clara de expressar o Seu amor por nós. O sim pra Deus, é um processo construtivo. É colocar-se ao longo do tempo à disposição do céu, e encher os corações alheios e o próprio coração da necessidade da caridade. Dizer sim à Deus, é abrir mão de costumes práticos, é deixar de fazer juízo do que é certo ou errado, e mergulhar no profundo mistério divino.
O não ao "mundo", não significa abdicar da vivência cotidiana, ou dos projetos uma vez sonhados por nós, mas é fugir da rotina, é entender no amor do Pai, a iniciativa de ir além, uma projeção vertical, capaz de colocar-nos numa posição acima, sem passar, ou ser, maior do que ninguém. É ainda, colocar lado a lado, a forma de enxergar os nossos sonhos, da forma como Jesus veria, é compartilhar o Sonho de Deus, com os nossos sonhos. Assumir um sim, diante da nossa humanidade, requer a capacidade de mostrar-se diferente. É procurar despir o nosso viver com as coisas banais e rechear-nos com o mais doce dos sentimentos, que é o Amor sincero, ágape, que instiga em nós a necessidade de transformar o outro, e assim o mundo.
É preciso estar no "mundo", sem pertencer a ele. É essa a perspectiva que o sim à Deus nos oferece, de sermos capaz de oferecer o inusitado para um cotidiano eventualmente mais igual. A certeza é que muito se há por fazer, e que Deus espera por nós, ansioso, a fim de moldar o nosso coração de forma singular e retirar de nós toda a intransigência e frieza que possamos carregar como fardo.
Somos uma nova geração, um novo tempo começa. Baseado na experiência "kairótica" de Jesus Cristo, não deixemos a graça passar. Que possamos assumir hoje e sempre o nosso sim, fazendo-nos disponíveis ao Reino, transformando o "mundo", num céu.
"Pra fazer você descobrir, que as coisas de Deus estão por fazer, e a força não pode e não vai deter, o que tem de acontecer."

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A 'arte' de perdoar.

Não há como evitar. Somos limitados, imagem e semelhança de Cristo, porém limitados. Trazemos em nossas bagagens da vida, um excesso de faltas e falhas. É incluso no pacote humano a dom de errar. Deus já sabia disso, e ainda assim, ou só por isso, enviou seu Filho amado, para doar sua vida por nós e libertar-nos do mal. Mas somos infinitamente diferentes de Deus. Somos capazes de enxergar como ninguém o pecado e o erro do outro, mas não somos capazes de assumir em nós, o sacrifício de Jesus, para perdoar os pecados daquele que nos fere.
Quem somos nós para julgarmos e escolhermos o papel do outro em nossas vidas? Se Cristo houvesse selecionado os que Ele achasse "justo", estaríamos incluso? É provável que não. E com qual propriedade, retiro da minha vida, aquelas pessoas cujo julgamos boas ou ruins?
Deus humanizou-se, humilhou a si mesmo, e entregou sua vida por um amor maior, capaz de desintegrar qualquer tipo de desunião, e nos apropria do dom de amar, assim como Ele. Enxe-nos com sua franqueza em cada eucaristia, quando rege-nos através do Espírito Santo, mas na nossa fraqueza, resistimos a todo esse bem, e buscamos sufocar em nós a capacidade de olhar para o irmão como Jesus olharia.
O perdão traz em si, a essência do mais bonito no cristianismo, é através dele, que Cristo ressucita em nossas vidas, e assim realiza em nós e no mundo, o projeto de salvação da humanidade. É pelo perdão que unimos nosso foco num só ideal, o de fazer reinar em nosso meio, a paz e a unidade tão almejada pela Igreja e seus santos. É preciso estímulo. Perdoar, é reviver o sacrifício de Jesus. É enxergar naquele que nos magoa, um Lázaro, e só ao agir como Ele, somos capazes de fazer acontecer a vida no próximo. Perdão é o início de uma ressureição, só através dele, conseguimos fazer brotar em nós o sentimento de renovação, só o perdão é capaz de trazer-nos a uma nova realidade, sem ressentimentos ou mágoas, assim como em cada sacramento da confissão, onde Jesus inicia em nós um novo processo de redenção, capaz de alterar em nós, todo o velho e acrescentando-nos a iniciativa de sermos novos, promovidos pelo Amor do Pai.
Limitar-se ao rancor, é despromover todo o esforço de Jesus Cristo. Que nós sejamos capazes de enxergar no próximo um sepulcro vazio, e entender no mesmo, a ressurreição de nosso Senhor, Jesus Cristo.
"Alem dos teus erros, dos erros dos outros, além das escolhas tão erradas. Muito além de ti, além das diferenças ... Deus vai além."

segunda-feira, 20 de julho de 2009

É preciso o testemunho.

Viver a religião cristã é estreitar laços com o que é divino e buscar assumir um compromisso de caminhar ao aceitar a forma de viver de Jesus Cristo ao tomar como base seus ensinamentos e suas atitudes. Fácil? Nem um pouco. Viver intensamente segundo a proposta cristã, requer de nós um esforço diário, um empenho ferrenho, capaz de transformar o limite humano, numa realização divina.
Testemunhar é a forma mais bonita de expressar o seu amor por Deus, porque além de compreender, realizamos aquilo que é esperado de nós, mas é necessário honestidade e clareza. É justamente na intimidade que se faz necessário o testemunho. Não há unidade entre terra e céu, a partir do momento em que aquilo que pregamos não é realizado por nós. Testemunhar é acima de tudo viver, e se propôr a realizar o que nos é capacitado. É no mais íntimo de minha vivência, que nós temos que assumir o compromisso, e a partir daí, expôr o que de mais belo há na relação entre Deus e o homem.

"Ser santos, ou nada!". Testemunho é isso. É aventurar-se numa realidade, preenchido de personalidade é preciso entender os próprios limites, e saber até onde eu posso ir, sem nunca deixar de buscar uma força capaz de levar-me além daquilo que eu sou. Somos santos a partir do batismo, porém a forma como vivo a minha santidade, a partir daquilo que conheço, é a realidade do testemunho fiel, é entender no mistério da vida divina, a capacidade de descobrir em minha vivência o quanto mais eu ainda posso ser.
Testemunhar, muito além de palavras e obras, é perceber em si próprio, o projeto de Deus e a Sua vontade sobre mim. Deus não precisa de mim para ser quem Ele é, mas o céu exulta ao saber que mais um, se propõe a mostrar com a vida, a presença real de um amor que supera qualquer limite.
Assumir o testemunho cristão, significa realizar as boas obras, abrir o coração para aquilo que vem do alto. Sim, é preciso agir! A exposição se faz necessária, mas é exatamente a certeza do amor de Deus, que me transforma num NADA, para edificar o TUDO d'Ele.
Basear-se no Cristo, significa reter em mim a necessidade de amar, que apesar da cruz a ser carregada, minimiza o sofrimento e a dor, e vive em prol da "necessidade" do Pai. É tomar como exemplo a vivência suprema de Deus, e buscar ser um espelho de suas ações no "mundo". Ter a coragem de incluir-se num papel de testemunho, traz-nos a responsabilidade de sermos "espelho de Deus", indiferente a toda a dor da cruz, mostrar-se pronto, hoje e sempre, a realizar o que pelo Alto é desejado. Que nenhum sacrifício terreno, tire-nos a visão para enxergar a graça do testemunho verdadeiro, capaz de modificar e moldar o coração humano, inundando-nos com a revelação da alegria de viver o céu.
"Jesus teu jeito seja o meu jeito, eu quero ser bem mais do que já sou."

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Em busca do céu!



Acredite se quiser. Mas são milhares de jovens (200.000 pra ser exato), em busca de um só ideal, em busca da maneira mais frutífera de ser feliz! São sonhos vividos de uma forma única, realidades distintas, em busca de transformar o mundo em um local digno de se viver.
Complicado entender como tantos jovens, supostamente "perdem" seus feriados, viajens turísticas, pra se isolarem em um acampamento de evangelização ou um grupo de oração, a fim de quê?
É simples, já aceitamos o amor de Deus por nós. Somos limitados, pecadores, frágeis por natureza, mas Deus nos quer assim. Deseja de nós aquilo que podemos oferecer, e não há prazer maior do que dedicar a vida por isso. Impulsionados pela alegria de viver, e em plenitude com Deus, buscamos aprimorar o nossa caminhada terrena a cada passo dado, e contagiar a humanidade com essa alegria juvenil, que nos faz alçar voo, para uma certeza sempre maior.
Hipocrisia imaginar uma Igreja ultrapassada, com aspirações fixadas nos séculos passados. Somos atuais, somos reais. Aceitar viver segundo a imagem de Jesus Cristo, nos coloca numa função de buscar a santidade. Que sejamos firmes na nossa vocação, mas vestidos de calças jeans e tênis, porque de fato, o que importa, é estar revestido da graça de Deus, e do amor de Cristo.
"Yes, we can!". Ser cristão traz a responsabilidade de quebrar barreiras, é necessário romper os preconceitos, acreditar no inimaginável aos olhos do mundo, e mergulhar fundo na vontade de Deus. É preciso coragem, descartar toda espécie de acomodação, e colocar em prática todo o ensinamento de 2000 anos atrás, sempre atual e renovado, por um Autor, sempre mais próximo de nossas atitudes.
Custa viver? Entregar-se aos braços do Pai, é encontrar motivos para seguir. É dar os passos num terreno firme, que certamente, haverá pedras e alguns espinhos, porém, nada capaz de tirar-nos as certezas do caminho.
Na beleza do mais puro amor, vale a pena persistir, vale confiar. Preenchidos pelo Espírito Santo, ser cristão é enfrentar os desafios, sendo guiado pelo Mestre dos mestres.
"O meu lugar é o céu, é lá que eu quero morar!"

terça-feira, 14 de julho de 2009

Insistir em acusar ou procurar entender?

Não é de hoje que ouço o velho comentário: "Religião não se discute!". Mas são exatamente frases pré fabricadas, que vem destituindo a imagem de uma igreja racional, que luta e busca compreender a realidade de cada ser humano.

São diversos os temas polêmicos como: aborto, eutanásia, camisinha. Além das diversas discussões que existem sobre no que crer, entre pessoas de "igrejas" diferentes.

Complicado é para a Igreja Católica Apostólica Romana, fazer-se clara, quando seguir dogmas é ser ultrapassada, e quando demonstra abertamente os seus motivos e razões, é taxada como hipócrita por não seguir o que Jesus pregava.

A Igreja é vista de toda forma "de fora", e aceitar e entender alguns princípios da religião se torna inviável a partir do momento em que não se permite isso. O que geralmente acontece, é que os leigos não tem a intenção de buscar a realidade de tal contexto, e acusa, por vezes, sem conhecimento ou opinião própria, daquilo que se discute, tornar toda uma história, nem sempre transparente, em uma mentira.

A proposta universal da Igreja é de seguir e viver segundo a vontade de Deus, que se fez homem, e mostrou a nós uma realidade ideal a ser vivida. Buscar isso ou não, cabe a cada um escolher, o arbítrio é livre, todavia, incriminar e mal dizer toda uma geração capaz de realizar todo tipo de bem, é algo infrutífero perante qualquer diagnóstico, seja ele humano ou divino.

IGREJA CONTRA A VIDA?

São infindos os questionamentos quando se trata da situação sobre meios contra-ceptivos. Como entender o posicionamento da Igreja contra a camisinha?

Num mundo onde milhões morrem por conta do vírus HIV, é um questionamento válido a posição da Igreja sobre esse aspecto. Numa linguagem teológica, o que Deus nos propôs com a vinda de Jesus Cristo foi a defesa da vida acima de qualquer propósito.

Submeter-se diante das circunstâncias e aceitar o uso de preservativos, seria um passo retrógrado na busca pela dignidade humana e em pró de sua salvação. Não há como comparar a certeza que habita dentro de cada ser, de dignidade e responsabilidade perante suas atitudes, com um preservativo, que tem como principal função, proteger contra o vírus da AIDS e impedir gestações, mas nem tem 100% de eficácia, o que não vem ao caso. Permitir ser manipulado por um artefato de comércio, e colocar toda sua responsabilidade em um material de látex, difere muito da essência divina, que busca compartilhar a vida a dois, num casamento, com uma base familiar constituida por um afeto real e espontâneo. Não cabe a Igreja, aceitar certos tipos de posições, que custariam todo um projeto de salvação, realizado por Deus de forma minuciosa e peculiar, ao fazer de cada um de nós, um templo de seu próprio amor. Somos o próprio lar de Deus, e ao aceitar essa realidade, nos condicionamos a viver sobre um aspecto real de dignidade e edificação de si mesmo.

O processo de concepção é muito além de uma noite de prazer, e o preservativo se torna o elo da união da irresponsabilidade com o desamor de si próprio, desvalorizando um projeto de amor e comunhão de Deus com a castidade humana e seus princípios.

A necessidade de Deus.

Vidas preenchidas... Com o quê?
Foco. Tudo se resume a necessidade de busca que eu escolho, porque tudo me é permitido, mas até que ponto as minhas escolhas, me convém?
Deus nos convida a vida eterna, convida-nos a comungar de um espírito de fraternidade e caridade, e propõe a vivência n'Ele de forma particular, partilhada com a comunidade. Mas cabe a você, aceitar esse convite ou não.
E são muitos os que dizem não, ou que não conseguem enxergar o convite. Procuram preencher o vazio de seus corações em momentos, que se resumem a "alegrias" eventuais e passageiras. São muitos os que experimentam a droga por não ter o que fazer, que corrompem a sexualidade, que agridem o próximo, além de uma série de experiências justo por essa necessidade de preencher-se.
Quantas realizações profissionais, materiais, afetivas ... e onde está a felicidade? Como em tanta coisa junta, nada faz sentido? É preciso descobrir um mistério capaz de revelar o mais íntimo de nosso ser, é necessário permitir descobrir-se e viver junto a Deus.
E isso não dói, basta um sim. Um sim que abre um leque de oportunidades de enxergar em si mesmo, a capacidade de amar, de ser amado, de realizar e superar os mais tenebrosos desafios. Aceitar caminhar junto a Jesus, não significa assumir uma vocação sacerdotal e abandonar tudo o que já havia em seu viver. É uma vocação, sim, mas é uma vocação vivida no cotidiano, realizada de forma peculiar por cada ser.
Não dá pra evitar. Uma vez entregue ao amor de Deus, não há tendência, moda, fama que brilhe mais do que a beleza divina. É encontrar um tesouro, que não há preço, é sentir-se apto a inflamar não só o seu coração, mas cooperar para o bem estar de todo um sistema. Descobrir o amor de Deus, é romper as barreiras da mediocridade, e mergulhar num oceano profundo, coberto por uma mágica prestes a ser descoberta em cada amanhecer.
Foco, é o foco em Deus, é a força de um ideal, que transforma e guia, a cada um, sem nos acomodar, e sem tirar a liberdade de vivermos. A felicidade real, se encontra assim. Em cada santa missa, quando o sacerdote revela a nós o mistério divino, quando pela santificaão das oferendas, Deus se faz presente junto a nós. E através de uma simples hóstia, apenas pão, e o vinho, apenas vinho, se transformam no Corpo e no Sangue de Cristo, e é o grande passo. É descobrir em um simples pedaço de pão, e numa simples taça de vinho o Corpo, o Sangue, alma e a divindade de Jesus Cristo. Isso é necessidade! Isso é sustento! Não bastam roupas, dinheiro, corpo moldado. Tudo passa, mas a alma, isso é o que é eterno em nós, e só em Deus conseguimos renovar-nos todo dia, de forma única e verdadeira.
"Que me falte tudo, mas que nunca me falte O Tudo!"

A essência divina!

Perceber a sua disposição ao reino dos céus, não é tarefa nada fácil. Como enxergar o amor de Deus por nós, se ao enviar seu próprio filho ao mundo, o deixou sofrer cruelmente? Como entender a forma de amar de uma figura distante e surreal, incapaz de ser vistas pelos olhos humanos? Eis aí a necessidade de nossa resposta, a fé!
São vários os questionamentos cabíveis em relação a religião, a partir do momento em que os mesmos são feitos na ausência de uma busca do que é proposto pelo evangelho. É fato que Jesus sofreu, que Jesus agonizou uma solidão sem igual e sentiu a indiferença ter comprimidas todas suas intenções. Mas quais seriam essas intenções?
Deus já havia prometido, através de teofanias (revelações), que enviaria o Messias para salvar o mundo, e o fez. Abdicou de sua condição divina e superior, para rebaixar-se a nossa humanidade, assumiu assim tudo o que já havia dito, e revelou-se em Jesus Cristo. O plano era simples, Jesus viria salvar-nos, ao mostrar que a nova lei era simplesmente o amor, um amor regado de dignidade e honestidade, capaz de desfazer qualquer tipo de descriminação e indiferença. Mas não foi tão simples assim, ao imaginar um Messias político e libertador, a humanidade não percebeu que nossa salvação passava pela cruz, que a ressureição era o caminho, e Jesus foi tido como uma farsa, como um profeta que se fez Deus.
E é exatamente assim até hoje. Ao olhar com desprezo a história de Jesus Cristo, a humanidade repete seu ato infiel de crucificá-lo a cada momento. E você, o que tem feito por Cristo? O que tem feito por você?
Ao vir ao mundo, Jesus fez-se claro, ao respeitar "a hora" de seu Pai, não desejou realizar a vontade da terra, mas queria realizar a vontade dos céus, a vontade de Deus. E assim fez de forma perfeita. Assumiu nossa limitação, ao derramar seu sangue por nós, permitiu ser humilhado e massacrado, só pelo fato de amar, pelo fato de expôr a dinvidade de Deus.
Perceber isso, aos olhos do mundo, é realmente inviável, mas ao enxergar com uma ótica divina, tudo se faz claro. E isso incomoda, como incomoda! Não é justo perceber e entender toda essa mística, e deixar que todo o esforço tenha sido em vão. Jesus já assumiu o meu pecado, e eu? Assumo a sua santidade? Será que eu abro mão do meu engocêntrismo e me permito viver os ensinamentos de Cristo?
A essência divina se faz plausível a nossa vida, muito mais do que imaginamos. Jesus ao estabelecer a Aliança em sua última ceia, deixa-nos como herança a possibilidade de nos integrarmos ao seu projeto de salvação, e buscar vivê-lo diariamente.
Ninguém prometeu que seria fácil, mas a promessa é de que vale a pena. Para amar, é necessário se desfazer, assim como Jesus faz a cada eucaristia, para tornar o outro cada vez mais humano, porém, acima de tudo, divino. É preciso morrer um pouco a cada dia, para realizar no mundo, a imagem de um céu, sonhado por Deus.
"Vivo o céu, porém com os pés no chão."