quarta-feira, 28 de julho de 2010

Medo de nada, só amor

Em sua tentativa vã de desistituir a humanidade de sua própria vida, o mundo coloca diversos obstáculos na relação entre humano e divino. Tenta de várias e todas as formas impedir que os homens se reconheçam como filhos amados de Deus e coloca-nos numa busca impulsiva para preencher o vazio natural do homem. Porém, o vazio que há dentro do homem é do tamanho de Deus.
O que custa a humanidade é deixar de ser persuadida por esse sistema frágil, que apenas explicíta um querer vinculado ao lucro, desprovido de qualquer moral e ética, constituindo uma sociedade cada vez mais afastada da essência da vida, impedindo que a graça de Deus abunde em nós.
Fugir do mundo é difícil, de fato, dá medo.
Como viver distante do consumismo, fora do eixo normal definido pela ânsia do mundo em ultrapassar os limites do corpo e da idade, onde nada mais se define como proibído, ou ainda, nada mais é visto como perigoso.
Afundados diante de tal contexto, resta ao homem lavar-se desta compreensão. Perceber que a vida vai além das questões meramente sociais e políticas, que o carro do ano ou a marca da moda, não oferecem ao homem a dignidade de sua vida. O homem tem que deixar de temer. Conceber um raciocínio mais vivo de Deus. Permitir enxergar um Deus humano, próximo, que se manifesta na grandiosidade e na simplicidade da vida, capaz de mudar o mundo, ainda que o mesmo tanto o limite, tanto o prive, mas pra Deus não há restrições.
É preciso que o homem perceba de fato o que é o amor. Esquecer esse medo de não ser aceito por aquilo que é, ou ainda o medo que o impede que descubra a si mesmo. Deixar com que a Verdade faça parte íntima da vida terrena, e mostre assim ao homem os valores do sagrado, a percepção do que de fato é viver e amar ao próximo, a si mesmo e ao Senhor Deus.
É necessário compreender que Cristo se revela de forma simples, não nas grandes conquistas aos olhos do mundo, mas vem nascido em uma manjedoura, envolto em um pano qualquer. Isso é a realidade. Não adianta mascarar o mundo e a nós mesmos, fingindo estar realizados com a superficialidade oferecida exaustivamente. Não tenhamos medo de nadar contra a maré, de deixar com que Deus seja o nosso ideal, nossa Pérola preciosa.
Não tenhamos medo de nada. Deixemos que em nós e no mundo acredite-se no amor. Esse que brota na dor, que jorra de uma cruz e que se consuma e plenifica na Ressurreição.
Sejamos firmes em acreditar n'Aquele que de fato É. Que nos mostra o caminho e nos impulsiona a caminhar numa felicidade plena, desapegada a matéria e ao fútil.
Medo de nada, só amor.

3 comentários:

  1. Cada dia vc me impresionar mais com suas colocações, que Deus te dê sempre a graça de levar aos outros aquilo que muitos jovens da sua idade não conseguiram entender.
    Deus te abençoe!
    Ir. Ceça Dias

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  2. Kavoo gostei muito desse texto.
    vou esperar o seu livro ; )
    abraço.

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  3. "Onde não há amor, coloque amor e receberás amor!" S. João da Cruz.

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