sábado, 3 de outubro de 2009

Aceitar o eu, o seu e o Deus.

A realidade nunca esteve tão longe. Vivemos a sociedade virtual, manipulada pelas relações de compra e venda, e por seus projetos gananciosos que insistem em alienar a mentalidade de toda uma geração. Sim, esses somos nós. Privados de descobrir à fundo o mistério da vida humana, transferimos as nossas responsabilidades como "ser vivente", por oportunidades de nos sentir inclusos em meio ao sistema mundano. Preenchemos os nossos corações com a hipocrisia capaz de gerar lucros, popularidade, auto-estima etc, e esquecemos, do que de fato, é viver.
A verdade de Cristo, nos permite entender um processo tantas vezes esquecido. O de entender as próprias limitações, as do próximo, ao descobrir a essência do amor divino. Estamos entrelaçados no meio social, dependemos, por muitas vezes, das ações do outro, porém, fazemos da nossa realidade uma submissão aos acasos, e as oportunidades passageiras do nosso cotidiano.
Fomos chamados a vida, e somos ainda, convidados diariamente, a transformar em nós aquilo que nos impede de descobrir o novo. Na mesquinhez humana, desatamos laços com o outro, esses capazes de nos transformar e ensinar-nos o que é ser feliz. Movidos pela instantaneidade, atropelamos a nossa capacidade de sonhar, ao esconder de nós mesmos, a motivação e o princípio que nos revela a capacidade de ir além.
Na peculiaridade e de acordo com a permissão de cada um, Deus nos mostra, ao revelar seu Amor nas pequenas coisas, o quanto é sincero e valioso o seu seguimento. Expõe-nos uma relação salvífica, que se intensifica em cada gesto, nos mais singelos pensamentos. Não há como explicar. Haverão aqui mil palavras, haverão outras designações, mas não há como explicar nem entender um Amor assim. Muitas vezes usado como rota de fuga, como disfarçe ou apenas petição, Deus revela-se inteirmente, a medida da nossa compreensão, o que nos faz seguir em frente. A proximidade de Cristo, está na descoberta própria do que é ser humano, está na relação sincera com o próximo, com a identificação de uma permissão vivida com coerência, e não imposta por motivos banais ou psicológicos.
O princípio de tudo, volta-nos sempre a um mistério eterno, a Verdade maior, a presença real sacramentada. Ideologias e utopias, são sempre finitas. Os ideais se vão junto a coragem juvenil, as influências se perdem ao longo do tempo, mas a revelação cristã, se faz eterna onde quer que esteja, sem distinção. Somos convidados a eternizar em nosso tempo, a nossa humanidade, as nossas relações e nossa coerência na fé. Um Amor que não coube no tempo, o tempo que se fez pouco. eu, tu, eles, nós, vós, Ele.
"E muito pra mim é tão pouco, e pouco é um pouco demais"

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