sábado, 1 de maio de 2010

São José: No silêncio da missão.

São José, o carpinteiro, foi alguém o qual recebeu e conviveu com a vontade de Deus, desde quando sua compreensão estendeu-se além da sua humanidade. Diante das circustâncias do 'sim' de Maria, estavam aliados, não tão distantes, as consequências as quais, o 'sim' de José representaria diante da sociedade a qual viviam.
Em sua simplicidade completa, José despojou-se de si mesmo, abriu mão da tranquilidade e serenidade que havia em sua trajetória humana, e aceitou, assim, adentrar na mais perfeita aventura de amor, a de ser pai do Redentor.
A missão de José, foi encoberta pela atenciosidade de Maria e pela grandiosidade do fato consumado, do nascimento de Jesus Cristo, mas o seu empenho e seu serviço ao Reino, é um exemplo fiel de como ser um cristão sensato.
O carpinteiro deixou-se por inteiro. Aceitou sua noiva grávida, aceitou a castidade pra si, permitiu e providenciou os cuidados necessários, para que o Fruto daquele ventre, tivesse vida. Como por inspiração divina, José sabia, que daquela vida, brotaria a verdadeira Vida.
São José nos ensina, diante de um mundo secularizado, a poder enxergar a sacralidade que foi perpetuada em nossas vidas. José compreendeu a força divina, e deixou-se levar por uma força, que ainda que remasse contra a corrente, José não temeu ao mundo, apenas a Deus.
Nisso consiste o serviço. Na capacidade de encontrá-Lo de uma forma sincera, ainda que o nossos olhos tentêm impedir de enxergar-mos o sagrado de Deus em nós e no mundo, temos de ser firmes na doação pelo Reino. Entregar não só o nosso sacrifício, a nossa dor, o temor, mas entregar ao Senhor a nossa tranquilidade. Fazer do nosso tempo, o tempo de Deus. Tempo é questão de prioridade, e quando se prioriza as questões de Deus, a missão nos é oferecida pelo alto, como resposta de nossas vidas ao céu.
O serviço de José, ainda é tão disperso de si, que é no silêncio, que José nos ensina a amar. Tão próximo do Cristo, mas um dos personagens do Novo Testamento mais singelos, que soube amar por inteiro a um Deus ainda nem encarnado, mas que na sua entrega, em seu calar, e no agir com fidelidade, deixa-nos como herança o silêncio como forma de entrega.
O sacrifício por si só não é mérito de ninguém. O serviço, aliado ao sacrifício, não é mérito, apenas graça divina. É assim que São José nos mostra. Em seu silêncio, na sua simplicidade, entregar-se por inteiro, amar até o fim.
Que São José intecerda por nós junto ao seu Filho, para que saibamos amar por inteiro, sem holofotes e em distinção, porque para amar, não é preciso mostrar-se, mas entregar-se.
E se chegarmos a ser referência, se Deus nos usar como testemunho explícito, sejamos como Maria. Façamos tudo com sinceridade, com fidelidade e com a mais forte entrega que houver dentro de nós, mas, sejamos, de fato, canais que apontam para Cristo. Sejamos só o reflexo de um Deus grandioso, repleto de amor, transbordante de paz.

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