terça-feira, 27 de abril de 2010

Contemplar a Deus no mundo.

O mundo esqueceu de amar. Vivemos num processo constante da inversão do sagrado em nosso meio, onde a instantaneidade tomou conta de todos os setores do meio social, desde as experiências juvenis, às decisões tomadas por grandes potências mundiais.
Vivemos cercados de problemas, afogados em medos e mágoas, e as circunstâncias tendem às ruínas, pois, o homem faz pouco caso da realidade que está consumada em nosso meio.
A necessidade humana do 'agora', imprime uma exigência completamente mundana, onde as iniciativas, terminam por si só, em difundir de forma mais extensa e complexa o mal diante do mundo.
A Igreja, a serviço e a exemplo de Cristo, ao anunciar o Evangelho, propõe ao mundo, uma valorização do ser humano como um todo, de seu habitat, e de toda espécie de relação, proteção e dignididade huamana. Porém, para o mundo, afundado num consumismo em constante crescimento e no capitalismo ilimitado, o ser humano, o meio ambiente, nada importa. As situações precisam ser resolvidas hoje, sem cuidado algum, sem valorizar o ideal para o qual o homem foi criado.
"A glória de Deus é o homem vivo", e é por esse ideal que a Igreja luta constantemente durante toda sua existência. A complexidade de uma deficiência social, não pode e não deve ser resolvida com remédios que se tornam uma fuga da realidade nua e crua.
Remédio só a um. Jesus Cristo. Remédio que se encontra na Eucaristia, na oração, no amor ao próximo. Mas como entender Jesus como remédio, se o mundo sofre tanto, chora tanto?
Contemplar Jesus Cristo nos dias atuais, reflete exatamente na capacidade humana de olhar para o próximo de uma forma caridosa. Orar exige o agir. É o ímpeto para a humanidade em oferecer ao próximo algo além da cura física, mas, sim, oferecê-lo a consciência de um valor além do que a sociedade imprime sobre tal questão ou sociedade.
A perseguição a Igreja, se dá exatamente por sua atitude salvífica. Por contemplar Deus em tudo e em TODOS, o olhar caridoso para todas as parcelas da sociedade, e para todo tipo de enfermidade e crime contra à vida, contraria os princípios de um mundo distorcidos de valores humanos.
Quer se resolver AIDS com preservativos, quer se esvaziar hospitais com eutanásia, a pobreza do mundo com o aborto. O homem foi criado muito além da fuga do problema social. Preservativos, leitos vagos e baixa taxa de natalidade, não dá ao mundo responsabilidade, coerência ou muito menos vida.
Sejamos capazes de oferecer ao próximo um olhar diferente. Sejamos capazes de enxergar a Deus no sofrimento do próximo, do pobre, do doente e do marginalizado. Não é o esconder circunstâncias que privará a sociedade da desproteção humana.
Aprendamos a olhar como Cristo. Sejamos capazes de curar o mundo como um todo. Não a situação, não as circunstâncias
Deus está em tudo e em todos. Tenhamos um olhar mais atento para Deus que se manifesta nas mais adversas e diversas situações.

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