terça-feira, 27 de abril de 2010

Um só corpo em Cristo Jesus.

No sacrifício do calvário a Unidade foi firmada por completo. O preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo, derramado por toda humanidade, tornou-nos dignos de participar da Vida Eterna e expôs, ainda que no maior dos sofrimentos humanos, o prazer de estar em comunhão com o Pai, afim de ser um só com Ele.
Jesus Cristo nos ensina com sua Paixão a amar até o fim. Explica-nos não só no Calvário, mas durante toda sua trajetório humana e revela o que de fato é amar, e o que é amor, e na simplicidade do viver, no despojamento material e na renúncia ao pecado explicíta a coerência do Evangelho, a vontade de Deus.
A experiência de Cristo, sua doutrina e Paixão, não couberam no tempo. Onisciente, Cristo deixou-Se na Eucaristia pelo magistério de Sua Santa Igreja, onde Aquele que doou-se por inteiro, quis deixar-Se como herança e faz-Se vivo durante toda nossa existência, até que retorne ao nosso meio.
A união entre humano e divino se dá em cada Santo Sacrifício renovado, quando celebramos e revivemos na Santa Missa o sacrifício salvífico de Deus, nos unimos por completo ao Pai, Aquele que é Alfa e Ômega e nos ensina através de cada Eucaristia, pelo alimento de Sua Palavra eterna e do pão e vinho consagrados, Corpo e Sangue de Nosso Senhor, que se une a humanidade e torna-se o ímpeto na busca pela santidade.
Ser cristão é assumir a responsabilidade do ministério de Cristo. Deixar-se ser contemplado com o prazer do céu, unir-se por inteiro com Aquele que é, ainda que o sofrimento seja o caminho, ainda que a cruz seja o primeiro passo para assumir e receber Cristo como o Ideal.
Ser um só com Deus. O Corpo de Cristo em meu corpo, o Sangue de Cristo em meu sangue, o Coração de Cristo em minha miséria. Persistir na luta e busca pela santidade. Unido ao Rei celestial, sejamos impulsionados a anunciar a Sua Palavra e difundir o Seu amor eterno, que nos é ofertado através da Eucaristia, e assim façamos de Cristo eventualmente mais amado e conhecido.
Ser um só com Deus. Aceitar-se como plano e sonho de Deus, rasgar o véu de nossos corações, para que sejamos sacrários vivos, para que sejamos morada do Sagrado, pois, só assim, deixaremos transbordar a graça de Deus, que quer Ser Tudo em todos.
"É certo outra vez o véu vai se rasgar, e como no Calvário, tua vida doar."

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