quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Batismo ontem, hoje e sempre.

Unidos através da graça divina, somos um só corpo, e convidados à santidade pelo sacramento do Batismo. Cristo, em sua Ressurreição gloriosa, ao vencer a morte, nos insere no contexto da Salvação. Somos a realidade de Deus. A Ressurreição por si só, é o ápice do cristão, o ideal como um todo, encontra-se ali, na Redenção. Por assim ser, pertencendo a este Corpo, somos instruídos por Cristo a renunciar daquilo que somos, renunciar ao pecado, e assim, formarmos um só Corpo com Deus Pai, o que pela graça do Batismo, nos é oferecido e exigido por Deus.
Cristo, que vencendo a cruz, dá-nos a vida, acende em nós a chama da conversão. A Páscoa de Cristo é o princípio da vida de toda humanidade, e por essência, a do cristão. É a partir de então, ao encontrar a Vida em nossa vida, somos [ou devemos] ser impulsionados pela grandiosidade do altíssimo. É preciso deixar-se ser contemplado pela essência pascal, que nos ensina a 'amar até o fim'.
Em sua conversa com Nicodemos (Jo 3, 1-20), ao ser questionado sobre "Como posso nascer de novo?", a resposta de Jesus é muito clara: eis que somos convidados todos, a esta santidade, ao processo sincero de conversão, através do Batismo, que neste tempo pascal, Cristo quer renovar e instigar, dentro de nossos corações.
Esta é a nossa verdade. Assumir o compromisso fiel com o Redentor. Celebrando a Páscoa de Cristo, deixemos que nossa páscoa se faça na Páscoa do Pai, e que a Páscoa de Cristo esteja também na nossa. Testemunhar e viver a graça de Deus, o processo constituido no serviço, no amor ao próximo, na compreensão do Cristo que se faz vivo em cada Eucaristia, e que se deixa encontrar em cada ministério, ainda que com seus mistérios, o que nos dá o sabor do 'encontro' verdadeiro com Jesus.
"Se vos tenho falado das coisas terrenas, e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?" (Jo 3, 12). Que o nosso discernimento sobre as coisas de Deus, não se mostrem como obrigação. Que as responsabilidades do cristão, estejam acima dos escândalos, das calúnias e das verdades, e que a nossa fé, esteja entregue em Jesus Cristo, que se digna em manifestar-se através de sua Igreja, Santa e Una.
Compreender as coisas de Deus, anunciar e proclamar com a vida o chamado e a unidade com o Pai. Assumamos o nosso Batismo como filhos do alto, não como um episódio necessário diante da sociedade.
Que a oração nos inspire, a Eucaristia nos sustente e a Ressurreição nos motive a sermos testemunho do Deus vivo, que possamos nos abrir por inteiro para amar até o fim.
"A Páscoa de Cristo em minha páscoa, a minha páscoa na Páscoa de Cristo."

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