terça-feira, 14 de julho de 2009

A essência divina!

Perceber a sua disposição ao reino dos céus, não é tarefa nada fácil. Como enxergar o amor de Deus por nós, se ao enviar seu próprio filho ao mundo, o deixou sofrer cruelmente? Como entender a forma de amar de uma figura distante e surreal, incapaz de ser vistas pelos olhos humanos? Eis aí a necessidade de nossa resposta, a fé!
São vários os questionamentos cabíveis em relação a religião, a partir do momento em que os mesmos são feitos na ausência de uma busca do que é proposto pelo evangelho. É fato que Jesus sofreu, que Jesus agonizou uma solidão sem igual e sentiu a indiferença ter comprimidas todas suas intenções. Mas quais seriam essas intenções?
Deus já havia prometido, através de teofanias (revelações), que enviaria o Messias para salvar o mundo, e o fez. Abdicou de sua condição divina e superior, para rebaixar-se a nossa humanidade, assumiu assim tudo o que já havia dito, e revelou-se em Jesus Cristo. O plano era simples, Jesus viria salvar-nos, ao mostrar que a nova lei era simplesmente o amor, um amor regado de dignidade e honestidade, capaz de desfazer qualquer tipo de descriminação e indiferença. Mas não foi tão simples assim, ao imaginar um Messias político e libertador, a humanidade não percebeu que nossa salvação passava pela cruz, que a ressureição era o caminho, e Jesus foi tido como uma farsa, como um profeta que se fez Deus.
E é exatamente assim até hoje. Ao olhar com desprezo a história de Jesus Cristo, a humanidade repete seu ato infiel de crucificá-lo a cada momento. E você, o que tem feito por Cristo? O que tem feito por você?
Ao vir ao mundo, Jesus fez-se claro, ao respeitar "a hora" de seu Pai, não desejou realizar a vontade da terra, mas queria realizar a vontade dos céus, a vontade de Deus. E assim fez de forma perfeita. Assumiu nossa limitação, ao derramar seu sangue por nós, permitiu ser humilhado e massacrado, só pelo fato de amar, pelo fato de expôr a dinvidade de Deus.
Perceber isso, aos olhos do mundo, é realmente inviável, mas ao enxergar com uma ótica divina, tudo se faz claro. E isso incomoda, como incomoda! Não é justo perceber e entender toda essa mística, e deixar que todo o esforço tenha sido em vão. Jesus já assumiu o meu pecado, e eu? Assumo a sua santidade? Será que eu abro mão do meu engocêntrismo e me permito viver os ensinamentos de Cristo?
A essência divina se faz plausível a nossa vida, muito mais do que imaginamos. Jesus ao estabelecer a Aliança em sua última ceia, deixa-nos como herança a possibilidade de nos integrarmos ao seu projeto de salvação, e buscar vivê-lo diariamente.
Ninguém prometeu que seria fácil, mas a promessa é de que vale a pena. Para amar, é necessário se desfazer, assim como Jesus faz a cada eucaristia, para tornar o outro cada vez mais humano, porém, acima de tudo, divino. É preciso morrer um pouco a cada dia, para realizar no mundo, a imagem de um céu, sonhado por Deus.
"Vivo o céu, porém com os pés no chão."

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