terça-feira, 14 de julho de 2009

Insistir em acusar ou procurar entender?

Não é de hoje que ouço o velho comentário: "Religião não se discute!". Mas são exatamente frases pré fabricadas, que vem destituindo a imagem de uma igreja racional, que luta e busca compreender a realidade de cada ser humano.

São diversos os temas polêmicos como: aborto, eutanásia, camisinha. Além das diversas discussões que existem sobre no que crer, entre pessoas de "igrejas" diferentes.

Complicado é para a Igreja Católica Apostólica Romana, fazer-se clara, quando seguir dogmas é ser ultrapassada, e quando demonstra abertamente os seus motivos e razões, é taxada como hipócrita por não seguir o que Jesus pregava.

A Igreja é vista de toda forma "de fora", e aceitar e entender alguns princípios da religião se torna inviável a partir do momento em que não se permite isso. O que geralmente acontece, é que os leigos não tem a intenção de buscar a realidade de tal contexto, e acusa, por vezes, sem conhecimento ou opinião própria, daquilo que se discute, tornar toda uma história, nem sempre transparente, em uma mentira.

A proposta universal da Igreja é de seguir e viver segundo a vontade de Deus, que se fez homem, e mostrou a nós uma realidade ideal a ser vivida. Buscar isso ou não, cabe a cada um escolher, o arbítrio é livre, todavia, incriminar e mal dizer toda uma geração capaz de realizar todo tipo de bem, é algo infrutífero perante qualquer diagnóstico, seja ele humano ou divino.

IGREJA CONTRA A VIDA?

São infindos os questionamentos quando se trata da situação sobre meios contra-ceptivos. Como entender o posicionamento da Igreja contra a camisinha?

Num mundo onde milhões morrem por conta do vírus HIV, é um questionamento válido a posição da Igreja sobre esse aspecto. Numa linguagem teológica, o que Deus nos propôs com a vinda de Jesus Cristo foi a defesa da vida acima de qualquer propósito.

Submeter-se diante das circunstâncias e aceitar o uso de preservativos, seria um passo retrógrado na busca pela dignidade humana e em pró de sua salvação. Não há como comparar a certeza que habita dentro de cada ser, de dignidade e responsabilidade perante suas atitudes, com um preservativo, que tem como principal função, proteger contra o vírus da AIDS e impedir gestações, mas nem tem 100% de eficácia, o que não vem ao caso. Permitir ser manipulado por um artefato de comércio, e colocar toda sua responsabilidade em um material de látex, difere muito da essência divina, que busca compartilhar a vida a dois, num casamento, com uma base familiar constituida por um afeto real e espontâneo. Não cabe a Igreja, aceitar certos tipos de posições, que custariam todo um projeto de salvação, realizado por Deus de forma minuciosa e peculiar, ao fazer de cada um de nós, um templo de seu próprio amor. Somos o próprio lar de Deus, e ao aceitar essa realidade, nos condicionamos a viver sobre um aspecto real de dignidade e edificação de si mesmo.

O processo de concepção é muito além de uma noite de prazer, e o preservativo se torna o elo da união da irresponsabilidade com o desamor de si próprio, desvalorizando um projeto de amor e comunhão de Deus com a castidade humana e seus princípios.

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